quarta-feira, 4 de julho de 2012

Um conto de fadas

Era uma vez, numa terra distante, rodeada de montanhas adormecidas, um Rei que adorava abóboras. Desde pequeno que não só tirava prazer em come-las, como também de observar o seu crescimento. Era um Rei estranho dizia a população, resignada com o facto de terem de comer abóbora a todas as refeições. Assim era: se o Rei gostava, o povo também tinha de gostar. E por muitos anos assim se viveu naquelas terras aboborianas.
Uma noite, quando o Rei estava deitado na cama relendo pela 72ª vez a história da Cinderela e da sua carruagem abóbora (o que lhe deu algumas ideias), uma forte e brilhante luz apareceu reflectida no grande espelho de corpo inteiro que estava apoiado na parede. Quando o Rei se habituou à luz pode reconhecer os contornos e formas da mulher mais bonita que alguma vez ele já vira.
- Quem sois? Um anjo?
- Não. Sou Melinda, a fada Abóbora – disse a fada delicamente.
De facto, a tal mulher, não so tinha umas pequenas asas como um grande chapéu de abóbora que lhe ficava ridiculamente mal.
- UAU! Não fazia ideia que existiam fadas das abóboras!
- Parece que existem – disse a fada estoicamente.
- Então e o que a traz por estas bandas? – disse o Rei deitando-se de barriga para baixo e apoiando a cara com as mãos.
- Vim parar o vil enjoo que tens provocado ao teu povo. Eles estão cada vez mais fartos de abóboras e algum dia ficarão tão fartos que as detestaram para sempre – disse a fada realçando esta ultima parte.
- Ora..ora ora ora. Que disparate aboboriático! Isso nunca vai acontecer. Mas diga-me. Qual era mesmo o seu nome bela donzela?
- Melinda. Sou uma fada -
- Melissa hã? Ok... Isto é uma partida do Bob, o cozinheiro real certo? Ah, Bob, sempre com estas piadas! 
- Melinda! O quê? Não é uma partida nenhuma. Sou a fada Abóbora! Não ve pelas minhas asas mágicas e o meu brilho resplandecente?
- Hum hum.. efeitos especiais das novas tecnologias? Realmente está de facto muito bem feito! Mas diga-me fada Melissa.
- Melinda. O MEU NOME É MELINDA! 
- É um nome um pouco ridículo digo-lhe já.
- FOI O NOME QUE A MINHA MÃE ME DEU! – disse a fada agora enrraivecida.
- E o seu pai? 
- O meu pai?
- Sim, existem fados não?
- Não existem fados nenhuns. Só fadas.
- Então como se reproduzem?
- O quê?! Eu, bem.. Estala-se os dedos e aparece uma fada. Vê – e assim a fada estalou os dedos e de facto apareceu uma fada muito pequena.
- Impressionante – disse o rei sinceramente espantado – E como a vai chamar? OLHE A SUA FILHA A VOAR PELA JANELA!
- Ela é livre de ir para onde quer. As fadas são assim.
- Certo...Posso tentar?


- Não funciona com humanos. Bem mas eu vim até aqui para..O que estás a fazer?
O Rei estalava os dedos compulsivamente. 
- Podes parar de estalar os dedos?? Estou a tentar falar! – disse a fada corada de raiva.
- GRRAUUUURR – rugiu ela. E com um Plim desapareceu de vista.
Mas o que a fada não sabia, era que a sua missão tinha sido cumprida. O Rei estava de tal maneira obcecado com o estalar dos seus dedos que perdeu o interesse pelas abóboras e assim o Reino pode ficar livre de comer aboboras para o resto da vida. FIM. 



 Eu encontrei este conto na internet ,achei muito fofo e agora compartilho
Uma revoada de borboletas para você

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